A PSP de Loures deteve uma mulher, de 58 anos, suspeita do crime de violência doméstica contra a mãe, com quem vivia na cidade de Sacavém.
“No âmbito do serviço de patrulha, após denúncia de maus tratos a idosa a decorrer, deslocaram-se a Sacavém a fim de apurar os factos. No local foram informados pelos vizinhos de que já há algum tempo, ocasionalmente, ouviam a idosa residente naquela fração solicitar por ajuda, mais concretamente desde que a filha da idosa se havia deslocado para habitar com a sua mãe”, refere a nota do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis).
A nota explica que, “após clara identificação como Polícias e várias tentativas de chegar ao contacto com as residentes na habitação ninguém abriu a porta aos elementos no local, os quais, apesar de tudo, conseguiam ouvir do interior da habitação uma voz feminina a pedir ajuda, informando que a sua filha a queria matar”.
“Uma vez sanada a situação, depois de ter sido prestada assistência médica à vítima, foi possível perceber que era sujeita a diversas dificuldades, provocadas por parte da filha. Destas dificuldades destacam-se, ameaças, situações de fome e de recusa de medicação, utilização indevida do seu cartão multibanco e destruição de bens pessoais”, acrescenta a nota.
A suspeita foi presente ao Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Norte, em Loures, para primeiro interrogatório, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de obrigatoriedade de abandono da residência da vítima, assim como de aproximação à mesma, ficando impedida de a contactar por qualquer meio.
“O cometimento do crime de Violência Doméstica merece especial atenção por parte da Divisão Policial de Loures, sendo prioritário em termos de intervenção policial, sendo este tipo de detenções relevante para a dissuasão de outros autores com pretensões idênticas, pelo que se continuarão a desencadear as medidas de prevenção e investigação policial necessárias, no sentido de garantir o fortalecimento do sentimento de segurança das vítimas e das populações em geral, afirmando a confiança na PSP, enquanto instituição de segurança dos cidadãos, em particular na atual conjuntura pandémica”, conclui a nota.
